sábado, 2 de agosto de 2014

CEMITÉRIO DE PISTOIA - (69)






CEMITÉRIO DE PISTOIA.



VIVERAM COM RAZÃO E MORRERAM PELA PÁTRIA.



“Pracinhas da Força Expedicionária Brasileira, vós sois os mais bem-vindos soldados da Terra, pois que sois os nossos soldados. Perdoai não vos terem deixados marchar, em nome da emoção que a vossa volta nos causou. Estais finalmente em casa e isso nos entusiasma, porque voltastes para participar também da grande marcha do Brasil para a democracia. Honra, e mais honra, e muita honra – que a honra é vossa! Honra a vós atacantes de Castelnuovo, Monte Castelo e Montese, que propiciastes a vitória da democracia fora e dentro de nosso país! Honra a vós homens do povo do Brasil que enfrentastes na neve o fogo do ódio inimigo! Honra, e mais honra, e honra ainda! A cidade vos recebe como os mais queridos filhos. Sede bem-vindos,  pois que sois os mais bem-vindos de todos os soldados de todas as Pátrias, filhos deste solo pacífico, que vistes a morte de face, e que retornastes para uma Pátria feita mais consciente. Bem-vindos pracinhas do Brasil”.

Este fora o discurso proferido pelo jovem Vinícius de Moraes quando da volta da Força Expedicionária Brasileira. Entretanto, muitos deles não voltaram! Dia 18 de julho comemoramos 69 anos de seus regressos, mas nossas homenagens serão eternas aos Heróis da 2ª Guerra Mundial e aos que não tiveram a glória maior de receber o abraço de seus familiares como tantos outros que chegaram às lágrimas no Dia do Reencontro ocorrido naquela data em 1945, no Rio de Janeiro. 


RECEPÇÃO À TROPA DA FEB.




 O AGUARDADO MOMENTO DO REENCONTRO.        
                                                                                                                                                          

Dos heróis mortos que permaneceram sepultados no Cemitério de Pistoia, na Itália, 25 deles eram da região do Vale do Paraíba Paulista e dentre estes, 4 eram taubateanos.
Nossas homenagens a todos aqueles que tombaram no cumprimento do dever, como os valeparaibanos, Sargentos Basileo Nogueira da Costa (Paraibuna), Geraldo Berti (Caçapava), Rubens Leite (Taubaté), João Lopes Filho (Cruzeiro), João Soares de Faria (Lorena) José Rodrigues Filho (Cruzeiro), Cabo Eliseu Pinhal, (Natividade da Serra) e Soldados Benedito Eliseu dos Santos (São Luís do Paraitinga), Benedito Patrício (Guaratinguetá), Genésio Valentim Corrêa (Piquete), Geraldo Augusto dos Santos (Caçapava), João Américo da Silva (Jacareí), José Alves de Abreu (Caçapava), José Antônio Moreira (Taubaté), José Fernandes (Pindamonhangaba), José Leite da Silva (São José dos Campos), Antônio Bento de Abreu (São Bento do Sapucaí), José Pires Barbosa Filho (Cruzeiro), José Vicente de Paula (Taubaté), Manoel Francisco Gomes (São José do Barreiro), Roberto Marcondes (Pindamonhangaba), Sebastião Felício (São José do Barreiro), Teodoro Francisco Ribeiro (Taubaté), Vicente Batista (São José dos Campos) e Benedito Alves dos Santos (Caçapava).  Ofertando suas vidas em prol de uma Pátria livre e soberana, deixaram perpetuadas antigas lições que nos quartéis lhes ensinaram: “Morrer pela Pátria não é viver sem razão”.


 
PROFº GILBERTO DA COSTA FERREIRA - HISTORIADOR, PESQUISADOR E ESCRITOR.
cfgilberto@yahoo.com.br