MILITAR
UM VALOROSO SOLDADO DO BEM.
Natividade da Serra, fundada em 29
de maio de 1853, é um município brasileiro e uma acolhedora cidade do
Estado de São Paulo, localizada na Região do Alto Paraíba. Está contida na
Microrregião de Paraibuna e Paraitinga e pertence à Mesorregião do Vale do
Paraíba Paulista. Tem como municípios limítrofes, Redenção da Serra, São Luiz
do Paraitinga, Ubatuba, Caraguatatuba e Paraibuna. Com a construção da barragem
de Paraibuna, ocorreram a inundação da antiga e saudosa Natividade e a
consequente mudança para outro local, distante aproximadamente um quilômetro.
Sua nova fundação data de 13 de agosto de 1973. Entretanto, foi na antiga
Natividade da Serra, berço de Cesídio Ambrogi, ilustre professor, poeta e
escritor, que a história daquela cidade passou a contar também com outro grande
e ilustre filho, Victor Amâncio de Faria.
Nasceu às 05:00 horas, ao
alvorecer do dia 26 de fevereiro de 1917, no Bairro do Pedregulho e em pleno
verão brasileiro. Seus pais, Joaquim Amâncio de Faria e Cândida Francisca de
Faria, naturais de Natividade da Serra, eram pessoas humildes e pequenos
lavradores no Bairro do Pedregulho, naquele Município. Victor, como toda
criança daquela época, teve uma infância difícil, mas, feliz. Como lavrador,
trabalhava e ajudava seu pai na pequena roça que possuíam. E nessa pequena roça
eram produzidas as deliciosas rapaduras, que, transportadas em cestos em lombo
de burros, eram negociadas depois, no Mercado Municipal de São Luiz do
Paraitinga, cidade vizinha. Jovem, veio a conhecer Evarista de Moraes Domiciano,
uma moça da mesma cidade, com a qual se casaria após alguns meses de namoro e
noivado, tendo contraído matrimônio no dia 18 de julho de 1939, conforme consta
em sua Certidão de Casamento de n° 232, de Fls. 112/113, do Livro B-09.
Mas era preciso prosseguir na longa
e difícil caminhada pela sobrevivência. Em 21 de fevereiro de 1942, prestes a
completar 25 anos de idade, alistou-se na Força Pública do Estado de São Paulo,
como Voluntário e por três anos, nela permanecendo até 06 de março de 1945
quando então solicitou baixa da Corporação. Em 24 de janeiro de 1946,
realistou-se na Força Pública e, cumprindo 25 anos de efetivo serviço,
aposentou-se em 16 de novembro de 1962, conforme consta no Boletim Geral nº 15,
de 22 de janeiro de 1963, tendo se aposentado na graduação de 3º Sargento PM.
Em toda sua trajetória militar destacou-se como um soldado de valor, sendo
muito dedicado às funções que lhe eram atinentes. Destacou-se com destemor e
audácia em suas funções de Soldado da Milícia Bandeirante quando prestou
eficientes serviços no Presídio da Ilha Anchieta, no período de 03/01/1949
a 25/10/1950 e de 19/02/1954 a 26/10/1955.
Adotou o 5º Batalhão de Caçadores
de Taubaté, considerado a Unidade Mãe do Vale do Paraíba Paulista, como seu
segundo lar. Serviu em várias cidades da região, sempre demonstrando amor
à causa pública, como constam em seu Assentamento Individual o
reconhecimento da Corporação, como por exemplo, quando servindo na cidade de
São José dos Campos, adotou atitude altamente simpática e honesta ao achar em
uma via pública daquela cidade a quantia de trezentos cruzeiros, uma
considerável soma à época, e, após tentar encontrar o dono e não conseguindo,
entregou-a a uma Instituição de Caridade. Em outra ocorrência na mesma cidade,
demonstrando coragem e alto grau de responsabilidade, conseguiu debelar um
incêndio que se irrompeu numa Colchoaria, vindo com isso, a salvar e preservar
vidas. Fatos dessa natureza elevam o nome da Corporação e dignificam aqueles
que afrontam as adversidades e perigos de morte, colocando-se dessa forma,
acima da humanidade. Em todos os Comandos pelos quais esteve subordinado, foi
alvo de eloquentes elogios pela cooperação prestada, pela boa vontade nas
missões que lhe foram confiadas, pela compreensão de seus deveres, pela
lealdade e acima de tudo, pelo amor ao trabalho, sendo referência como
exemplo digno a ser seguidos pelos companheiros de caserna.
Na jornada da vida nasceram os
filhos que tanto amavam: Benedito, José, Aparecida Célia, Ana e Fátima.
Entretanto, em respeito à rotina da vida, viram seus filhos crescerem e se
tornarem adultos, e, pouco a pouco, com a alegria de
constituírem suas famílias, compartilharam com a tristeza por vê-los
saírem, um a um, do aconchego de uma simples, mas feliz morada, pois
ali se desenvolveu uma história de muita ternura e afeto. Benedito
casou-se com Enedi Aparecida de Andrade, e desse matrimônio nasceram Vólia
Patrícia de Andrade Faria e Rômulo de Andrade Faria. Vólia casou-se com Rodolfo
José Bastos Vasconcelos, vindo a gerar Alícia Faria Vasconcelos e Driely
Faria Vasconcelos. Rômulo casou-se com Morena Locatelli Cursino vindo a gerar
as gêmeas
Laura Locatelli Faria e Eloísa Locatelli Faria,
dois anjos que vieram abençoar ainda mais um lar unido e feliz. Nasceram no dia
12 de junho de 2014, uma quinta feira do inverno brasileiro e que se tornaram,
de imediato, como no Dia dos Namorados, as namoradinhas da Família Faria.
José
casou-se com Maria de Fátima das Neves, nascendo Ana Paula de Faria. José
separou-se. Depois casou-se com Eurides Ferreira de Faria, não ocorrendo
geração. Ana casou-se com Paulo Gilvandro dos Santos, nascendo
Nayra Cristina Faria. Depois casou-se com José Carlos de Paiva Branco,
não ocorrendo geração. Aparecida Célia casou-se com José
Eriovaldo da Silva, nascendo Vitor Augusto de Faria Silva, Marcus Vinícius
de Faria Silva, Ana Cristina da Silva e Natália Augusta da Silva. Marcus
Vinícius casou-se com Karen Juliana Aparecida Pereira,
nascendo Gabrielle Pereira de Faria. Marcus Vinícius separou-se. Ana
Cristina casou-se com Cláudio Martins Pereira, nascendo Vitória Luíza Martins
da Silva. Ana separou-se. Vitor Augusto casou-se com Maria Carolina
dos Santos, nascendo Maria Clara dos Santos Silva. Vitor separou-se. Natália
Augusta é solteira e não ocorreu geração. Aparecida Célia de Faria faleceu aos
28 de julho de 2002. Ana Maria é solteira e não ocorreu geração.
Fátima casou-se com Júlio César Machado Santos, e dessa união nasceu
Lívia Regina Faria Santos, menor.
Victor Amâncio de Faria faleceu em
15 de agosto de 1994, às 07.30 horas em sua casa, sita à Avenida Andrômeda, nº
1312, Bairro Jardim Satélite, em São José dos Campos. Está sepultado no
Cemitério da Paz, Jazigo nº 95, Quadra São Dimas, em São José dos Campos. Seu
atestado de óbito de nº 29.600, Fl. 226, Livro C-97, foi assinado pelo Dr.
Devaldir Vieira da Silva, atribuindo como causa de sua morte, Adenocarcinoma de
pulmão. Requiescat in pace,
Valoroso Soldado do Bem!
PROFº GILBERTO DA COSTA
FERREIRA - HISTORIADOR, PESQUISADOR E ESCRITOR. COORDENADOR TÉCNICO DO MEMORIAL
GENERAL JULIO MARCONDES SALGADO.
cfgilberto@yahoo.com.br
Victor Amâncio de Faria - Um valoroso policial | 23/09/2013
ResponderExcluirCaro Gilberto Grato pelas palavras dedicadas ao meu pranteado pai. Com ele aprendi o que é dignidade, honestidade, retidão e tantos outras virtudes escassas hoje em dia. Não posso deixar de consignar aqui a participação de minha mãe. Que Deus os tenha.
Benedito Moraes de Faria
A extensão da bondade... | 21/10/2013
ResponderExcluirTive a sorte de conhecer o "Seu Victor", já então aposentado da gloriosa Força Pública. Pai de Benedito Moraes de Faria, meu Amigo desde a adolescência. Além de Valoroso Soldado do Bem, como bem disse o Historiador, deixou uma prole de Pessoas do Bem!
Benedito Valdir Leite.
Quando o bem é reconhecido... | 21/10/2013
ResponderExcluirVictor Amâncio de Faria poderia ser mais um Forçapublicano, não fosse suas qualidades imorredouras voltadas para o bem comum de uma sociedade. Somente isso o distingue de um simples policial.
Profº Gilberto da Costa Ferreira
Olá, eu gostaria de saber sobre a Livia, citada no texto. Se não estou enganado estudei com ela na escola Felicio Savastano. era uma grande amiga e gostaria de saber como ela está alguns anos depois.
ResponderExcluiragradeço pela atenção e ficarei muito mais grato se puder ajudar!