terça-feira, 20 de agosto de 2013

WALCYR CARRASCO - (29)




ESCRITOR E DRAMATURGO 



AMIGOS JUDEUS E O HOLOCAUSTO.


Quando vim do interior para São Paulo, aos 15 anos, não conhecia judeus. No meu novo colégio, em Santa Cecília, havia muitos. Fiz vários amigos, muitos dos quais mantenho até hoje. Tive um contato profundo com a comunidade, com seus hábitos, sua culinária, sua religião. Lembro-me de um Ano Novo judeu na casa de duas gêmeas, em que sua mãe me deu mel para "adoçar" o futuro. Desde a adolescência, ouvi falar muito do holocausto. Também vi filmes, li livros. Ao longo da minha vida, continuei convivendo com judeus. Mas, confesso, só agora senti na carne sua dor. Há algumas semanas, reuni um grupo de amigos e fui para a Alemanha. Alugamos uma van e percorremos 1.200 quilômetros. Contemplei montanhas cobertas de branco, castelos que lembram contos de fadas e casinhas parecidas com as de bonecas. Em meio a uma viagem tão turística, resolvi conhecer um campo de concentração.
Dachau fica perto de Munique. É um lugar desolado, com enormes galpões. Ao entrar, percorri um museu sobre os prisioneiros. Alguns sobreviveram, a maioria não. Vi fotos, documentos e alguns objetos. Como um bastão de madeira usado para dar pancadas. É de gelar o sangue. Havia beliches nos dormitórios. Beliches? Tratava-se de uma espécie de prateleira, onde os prisioneiros - na maioria judeus - eram despejados, como se não tivessem identidade. A pessoa se transformava em um número. Banheiro comum, com os vasos sanitários lado a lado, sem divisórias, retirando todo o resquício de dignidade. Vi onde ficavam as enfermarias em que se faziam experiências científicas com seres humanos. Passei por uma vala gigantesca usada para depositar corpos. Depois entrei na câmara de gás.
Há uma sala grande, na qual cabiam 150 pessoas por vez. Todas deviam se despir com o pretexto de que iriam tomar banho. Imaginei as mulheres fazendo montinhos com as roupas, colocando identificação. Talvez pedindo a um soldado para não confundir com o de ninguém. Arrumando a roupa dos filhos em cima, delicadamente. Depois, nuas, as pessoas entravam em outro salão. E dos supostos chuveiros fincados no teto saía o gás assassino. Na sequência, uma série de fornos crematórios para os cadáveres. Foi espantoso constatar o planejamento, prático e eficiente, para que o extermínio de seres humanos se tornasse banal.
Saí sem ar. Lá fora algumas garotas choravam, emocionadas. Meu amigo Gabriel murmurou, comovido: - Aqui não houve lugar para compaixão. E, quando o ser humano não é capaz de ter compaixão, não resta mais nada. Os campos eram destinados principalmente a judeus, mas também a ciganos, homossexuais, portadores de deficiências, dissidentes políticos. Fiquei com a certeza de que é preciso saber respeitar o outro. Durante minha vida aqui em São Paulo, aprendi a conviver com pessoas, religiões, tipos humanos diferentes. Tantos comportamentos, tantas crenças, tantos modos de ser! Nunca mais quero ouvir uma piada de judeu nem qualquer brincadeira preconceituosa.
Agora, quando encontro um amigo judeu, eu penso em tudo o que sua família viveu, a dor da separação e da perda. E tenho a certeza de que é necessário lutar contra qualquer tipo de discriminação, para que nunca aconteça o horror. Visitar um campo de concentração é constatar que, quando não há compaixão, a civilização desaba. Amar o próximo deve ser uma atitude diária, constante, porque só esse amor nos identifica como seres humanos. 

Nota: Texto de Walcyr Carrasco. Título: "Amor ao próximo." Publicado na Revista Veja, página 234, de 09 de abril de 2008.


PROFº GILBERTO DA COSTA FERREIRA - HISTORIADOR, PESQUISADOR E ESCRITOR. COORDENADOR TÉCNICO DO MEMORIAL GENERAL JÚLIO MARCONDES SALGADO.
cfgilberto@yahoo.com.br


2 comentários:

  1. 1 Parte;
    Conspiração judaica tupiniquim contra os negros afros-brasileiros
    A GLOBO ditadura Vanda lista da comunicação, leviana ardilosa e racista inimiga do povo brasileiro. No Brasil os judeus monopolizam a TV discriminam e humilham as mulheres negras?A MeGaLOBO RACISMO? A violência do preconceito racial no Brasil personagem(Uma negra boçal degradada pedinte com imagem horrenda destorcida é a Adelaide http://globotv.zorra-total/v/adelaide-e-briti-pedem-dinheiro-no-metro/, do Programa Zorra Total, TV Globo do ator Rodrigo Sant’Anna? Ele para a Globo e aos judeus é engraçado, mas é desgraça para nós negros afros indígenas descendentes, se nossas crianças não tivessem sendo chamadas de Adelaidinha ou filha, neta e sobrinha da ADELAIDE no pior dos sentidos, é BULLIYING infeliz e cruel criado nos laboratórios racistas do PROJAC (abrev. de Projeto Jacarepaguá da Central Globo de Produção) da Rede Globo é dominado por judeus diretores,produtores e apresentadores ( OBS. alem destes judeus e judias citados existem centenas de outros e mais de 200 atores, atrizes, comediantes, artistas e apresentadores judeus e judias e milhares de empregados e colaboradores da " Rede Globo Judaica Midiática Brasileira" )como Arnaldo Jabor,Carlos Sanderberg ,Luciano Huck, Jairo Bouer,Luis Erlanger,Marcos Losekann,Marcius Melhem e Leandro Hassum,Vladimir Brichta,Tiago Leifert,Pedro Bassan, Pedro Bial,William Waack,William Bonner & Fátima Bernardes,Ernesto Paglial & Sandra Annenberg, Pedro Doria & Leila Sterenberg, Mateus Solano& Paula Braun,Mônica Waldvogel,Renata Malkes,Sandra Passarinho,Amora Mautner, Lillian W. Fibe,Esther Jablonski,Glenda Kozlowski, Leila Neubarth,Beatriz Thielmann,Gilberto Braga,Wolf Maya, Mauro Halfeld ,Mário Cohen,Ricardo Waddington,Max Gehringer ,Maurício Kubrusly,Mauro Molchansky,Maurício Sirotsky,Marcelo Rosenbaum,Michel Bercovitch,Fábio Steinberg,Carlos de Lannoy,Roberto Kovalick,Guilherme Weber, Régis Rösing,Caio Blinder,Daniel Filho,Gilberto Braga, Gilberto Leifert, Gilberto Dimenstein ,Walcyr Carrasco,Carlos H. Schroder e o poderoso Ali Kamel diretor chefe responsável e autor do livro Best seller o manual segregador (A Bíblia do racismo,que irônico tem por titulo NÃO SOMOS RACISTA baseado e num monte de inverdades e teses racistas contra os negros afrodescendentes brasileiros) E por Maurício Sherman Nisenbaum (que Grande Otelo, Jamelão , Luis Carlos da Vila e Geraldo Filme chamavam o de racista porque este e o Judeu sionista racista Adolfo Block dono Manchete discriminavam os negros)responsável dirige o humorístico Zorra Total Foi dono da criação de programas e dos programas infantis apresentados por Xuxa(Luciano Szafir)e Angélica(Luciano Hulk) ambas tendo seus filhos com judeus,apresentadoras descobertas e lançadas por ele no seu pré-conceitos de padrão de beleza e qualidade da Manchete TV dominada por judeus sionistas,este BULLIYING NEGLIGENTE PERVERSO da Globo.

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  2. 2 Parte;
    Conspiração judaica tupiniquim contra os negros afros-brasileiros
    A GLOBO sionistas da TV GLOBO faz para a população negra afro-descendente brasileira isto ocorre em todo lugar do Brasil para nós não tem graça, esta desgraça de Humor racista criminoso, que humilha crianças é desumano para qualquer sexo, cor, raça, religião, nacionalidade etc. o pior de tudo esta degradação racista constrangedora cruel é patrocinada e apoiada por o Sr Ali KAMEL fascista sionista (marido da judia Patrícia Kogut jornalista do GLOBO que liderou dezenas de judeus artistas intelectuais e empresários dos 113 nomes(Manifesto Contra as contra raciais) defendida pela radical advogada Procuradora judia Roberta Kaufmann do DEM e PSDB e o Senador Demóstenes Torres que foi cassado por corrupção)TV Globo esta mesma que fez anuncio constante do programa (27ª C.E. arrecada mais de R$ 10,milhões reais de CENTARROS para esmola da farsa e iludir enganando escondendo a divida ao BNDES de mais de 3 bilhões dólares dinheiro publico do Brasil ) que tem com o título ‘A Esperança é o que nos Move’, show do “Criança Esperança”de 2012 celebrará a formação da identidade brasileira a partir da mistura de diferentes etnias) e comete o Genocídio racista imoral contra a maior parte do povo brasileiro é lamentável que os judeus se divirtam com humor e debochem do verdadeiro holocausto afro-indigena brasileiro o Judeu Sergio Groisman em seu Programa Altas Horas e assim no Programa Encontro com a judia Fátima Bernardes riem e se divertem.(A atriz judia Samantha Schmütz em papel de criança um estereótipo desleal e cruel se amedronta diante aquela mulher extremamente feia) para nós negros afros brasileiros a Rede GLOBO promove incentiva preconceitos raciais que humilha e choca o povo brasileiro.Organização Negra Nacional Quilombo ONNQ 20/11/1970 – REQBRA Revolução Quilombolivariana do Brasil - quilombonnq@bol.com.br

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